SEGUNDO TESTE

2º ARTIGO DA SÉRIE ECOALDEIAS

Eu particularmente gosto de chamar essas iniciativas de comunidades de Ecoaldeias por motivos bem pessoais. Gosto do termo Ecoaldeia por se inspirar nas aldeias indígenas, que é a forma original de ocupação de nosso território brasileiro e que tem muito a nos ensinar sobre formas convivência social e com a natureza.O termo Ecovilas, por exemplo, é um conceito internacional, ligado a uma organização que classifica com critérios específicos esta forma de ocupação. Nada contra! Pelo contrário, vejo a importância da criação de rede e conexão entre projetos similares. Mas por outro lado, podemos cair em um pensamento homogêneo sobre o tema, como por exemplo os critérios de classificação de alimentos orgânicos.Na minha opinião projetos como esses são da mais alta diversidade e cada um tem sua identidade, seria muito inocente e limitante etiquetar.

Gosto também muito das Vilas mineiras como inspiração quando falo de Ecoaldeias, pois acredito que são uma forma de organização comunitária que tem dado certo (até determinado ponto), e acredito que a longevidade dessas vilas ou comunidades se deve a um dos fatores que considero um dos mais importantes:RESPEITO A INDIVIDUALIDADE.Muitos projetos iniciais acabam indo na direção oposta a essa CHAVE.Quem já foi numa vila mineira, principalmente nos tempos mais antigos sabe que: cada um tem sua casa, seu espaço, sua religião, sua hora de acordar, sua função, autonomia em decisões em seu espaço…mas ao mesmo tempo se unem em diversos momentos para realizar trabalhos coletivos.Observo muitos projetos que começam com a utopia de uma união em quase 100% do tempo, um consenso integral. Talvez como um reflexo de anos de desconexão e desunião, quando se começa o projeto, de forma contraria ao exemplo da comunidade mineira, todos querem morar juntos, ter a mesma religião (ou crença espiritual, ou filosofia de vida), acordar na mesma hora, ter as mesmas regras alimentares. Se assemelham mais a um time de futebol.Conheço alguns projetos que deram certo dessa maneira! Mas conheço muitos outros que não ultrapassam dos 2 anos de vida e terminam com muito desgaste pessoal.  Então essas são as primeiras chaves:“UNIDADE não é uniformidade e sim o respeito e a harmonia na diversidade.”“o respeito a individualidade e as diferenças são tão sagrado quanto suas crenças mais sagradas”Essa ânsia que nos move é um desejo de irmos da separação para Unidade. Mas temos que ter muita paciência para entender que é na diversidade que a Unidade emerge.Aqui na Terra da Unidade, por exemplo, um dos fatores que consideramos de extrema importância foi a delimitação inicial da área de moradia de cada morador e a definição dos espaços coletivos.E mesmo dentro dos espaços coletivos podem ocorrer projetos individuais/familiares (como a Ervanaria Marcos Guião) ou de grupos formados por mais famílias de moradores. Ou seja, até mesmo no próprio coletivo pode haver diversidade e individualidade.Acreditamos que os projetos coletivos se dão por parcerias de acordo com as afinidades que só a convivência podem mostrar.Nos próximos posts mais CHAVES!Para saber mais sobre a TERRA DA UNIDADE e como fazer parte
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